Apre­sen­ta­ção

25 edições, 25 questões

1. 1995 – O Teatro Estúdio Fontenova acaba de fazer 10 anos e a Expo98 ainda não abanou Portugal levando quase todos os portugueses à capital. A pergunta primeira: Que lacuna cultural existia em Setúbal e como poderia o Teatro Estúdio Fontenova contribuir?

2. Como é que fazemos isto afinal… como fazemos muito com tão pouco e porquê programar a companhia “x” e não “y”?

3. Como surpreender e viver cada espaço da cidade? Esperar pela Companhia de Dança de Évora nas ruas da baixa; redescobrir um espaço como o Forte de S. Filipe; marcar presença em cafés ou restaurantes da cidade, alguns deles que apenas já existem na nossa memória, como o MARR, o ArtKafé, Passo do Olival ou a Ritália.

4. Os apoios e os parceiros crescem, mas que nem sempre acompanham o crescimento do Festival… mais especificamente como é que cada trabalhador nas equipas se desdobra e multiplica?

5. O que faz inquietar o público? Queremos que o Festival desafie política e socialmente: aborda-se a imigração; a clandestinidade; as alterações climáticas; lutas pelos direitos da terra e de povos indígenas; igualdade de género…

6. O que envolve o público? Começámos a criar oficinas, espaços de contadores de histórias, estendemos a programação até Palmela, onde voltamos este ano, e envolvemos a comunidade a participar em espectáculos do Festival…

7. Como tornar o Festival internacional? Que línguas e linguagens conseguimos receber? Já não contamos só com nuestroshermanos, mas também com outros cantos da Europa e mais além!

8. Fazer, fazer, fazer… e reflectir? Pensar? A cada edição fazemos questão de conversar e convidar colegas de profissão, gestores e decisores…

9. É uma festa ou não é? Abrimos espaços à música e até dançamos em conjunto até nos doerem os pés, cantamos os parabéns à Festa e cortamos o bolo, que é sempre partilhado entre brindes de longevidade.

10. Como comunicar e divulgar? A cada ano pensamos em imagens, grafismos – Que imagem nos representa? Que tipo de letra? Criam-se cartazes, mupis, o tempo passa e surgem posts, blogs, e até um novo site…

11. Acreditamos em magia? Por breves momentos, sentamo-nos na sala escura do teatro, lado a lado com quem não conhecemos e deixamo-nos levar…. Para alguns, no espaço de uma hora… a vida mudou e não será a mesma. O que ficou deste momento?

12. Como abrir, abrir, expandir, expandir? Damos espaço a artistas emergentes, cria-se uma Secção OFF, recebemos candidaturas de Portugal inteiro e de um mundo ainda mais vasto, fazemos amigos que ficam até hoje, de pessoas como nós, que amam o que fazem.

13. Ser apoiado ou não, eis a questão? Só a mais de meio da nossa viagem do Festival conseguimos apoio constante, até lá, a dúvida, o medo, a resistência foram parceiros frequentes…

14. ‘Bora lá voltar a ser criança? Queremos ouvir histórias e música nos parques, fazer bolas de sabão na praia, sermos arrebatados por um mágico numa praça, descobrir o fundo do mar numa pequena tenda e até ver marionetas à paulada!

15. Quem foi Natália Correia? Farid Ud-In Attar? Irina, Macha ou Olga? Sergei Paradjanov? Stanisław Witkiewicz? Escutámos as histórias de todas e todos no nosso Festival.

16. E agora que queríamos estar juntos e temos de manter a distância? Não passa nada que apesar destas questões até cumprimos as regras de segurança e desinfectamos as mãos!

17. Quem caminha lado a lado? E neste caso, até se senta e dialoga connosco. Quem nos abriu portas, transporta cadeiras, troca de e-mails e telefonemas sem fim, carrega P.A.s, opera som? É inquestionavelmente o Município de Setúbal e todas as suas trabalhadoras e trabalhadores…

18. E agora, que começou a chover e temos espectáculo na rua? E agora, que a companhia de Angola não obteve visto? E agora que não temos o Ginásio? E agora, procuramos a opção B, C, e W…

19. Esqueceram-se de nós? Nem pensar! Não nos esquecemos do apoio (tão necessário e desejado por anos) da Direcção-Geral das Artes. Do apoio do Município de Setúbal, da U. F. Setúbal da J.F. S. Sebastião, da Embaixada de Espanha, dos parceiros mais antigos como a Escola Secundária Sebastião da Gama, entre tantos outros apoios financeiros, logísticos ou media.

20. Mas ainda não está pronto? Ainda não foi enviado? Então as declarações do IGAC? Então e o Rider Técnico? Então e o vídeo do Festival? Calma que a equipa é meio alentejana e com vagar tudo se faz…

21. Chamas um amigo também? Voluntários, estagiários… têm dado a mão a este Festival desde o início e este ano não é excepção… Podem até vestir a personagem de mimo do Festival, a rigor, na Feira de Santiago, dia 27 de Julho pelas 20h00 repetindo assim o feito do primeiro encontro de Mimos em 2019.

22. O que nos alimenta a alma além de teatro? Boa comida e bebida, e partilhar essa nutrição à volta de uma mesa… e especialmente as da cantina em mãos primorosas, que fazem desde o cozido, ao bacalhau à festa, ou até pratos vegan!

23. Como fazer mais e melhor? Como equilibrar quantidade e qualidade? Como pensar o ambiente e retirar garrafas de plástico, mas pensar as necessidades das equipas e orçamentos? Como programar em vários espaços da cidade sabendo que só um deles tem as condições ideais?

24. Como fazer chegar o teatro a todas e a todos, quem não chega até nós e porquê? Pensamos a acessibilidade e inclusão, quer seja a nível de espaços, temas, valor de bilhetes, mantendo o Cartão de Amigxs TEF,ou comunicação através de sessões língua gestual, pela primeira vez no Festival este ano.

25. Queremos agora que nos questionem a nós, que perguntas nos querem fazer e acrescentar? O que anseiam ver e encontrar? Respondemo-vos que teremos 4 estreias, entre elas um espectáculo do TEF em co-criação com a companhia João Garcia Miguel, 3 exposições onde também se envolve a comunidade, uma extensão de um espectáculo em Setembro, espectáculos para a infância, performances e até um seminário intensivo e uma caminhada sobre acessibilidade… tanto no território da União das Freguesias, em S. Sebastião ou em Palmela, vindos desde o norte, de Viana ou Caminha, ao sul, de Santiago do Chile, ou Brasil.

A última pergunta: Querem fazer a festa connosco?

Porque que já sabem,
de 17 a 26 de Agosto…
convosco a Festa faz-se!

Ficha técnica e artística

O Festival Internacional de Teatro de Setúbal – XXV Festa do Teatro é financiado por República Portuguesa – Cultura – Direcção-Geral das Artes e Câmara Municipal de Setúbal.

Organização do Teatro Estúdio Fontenova e Câmara Municipal de Setúbal em parceria com o Agrupamento de Escolas Sebastião da Gama.

direcção artística
José Maria Dias

direcção de produção
Graziela Dias

direcção de comunicação
Patrícia Paixão

produção executiva, redes sociais online e frente de casa
Ana Guerreiro
Fili Ribeiro
Helena Tomás
Sara Túbio Costa
Tomás Anjos Barão

design gráfico, multimédia e webdesign
Tomás Anjos Barão

criação de imagem
Paula Moita

vídeo e fotografia
Bere Cruz
Inês Monteiro Pires
Sara Borrego

direcção técnica do festival
João Chicó

direcção técnica do fórum municipal luísa todi e da casa da cultura
Divisão de Cultura (CMS)

equipa técnica
André Calado
Diana Santos
João Mota
Pedro Freixe

coordenação espaço refeições
Natália Abreu

apoios
Agrupamento de Escolas Sebastião da Gama
Junta de Freguesia de S. Sebastião
União das Freguesias de Setúbal
Embaixada de Espanha
Fundação INATEL
Bairro Cool
Escola Secundária D. João II
Casa Ermelinda de Freitas – Vinhos, Lda.
Festroia
Hotel Laitau
ATA – Teatro Artimanha
AMRS – Associação de Municípios da Região de Setúbal
Santogal
Set-link
Teatro O Bando

apoios à divulgação
RTP Antena 2
RDP África
semmais
Setúbal Mais
Som da Baixa
O Setubalense

agradecimentos
Direcção do Agrupamento de Escolas Sebastião da Gama
Escola Superior de Educação / Instituto Politécnico de Setúbal
Casa da Baía
Conceição Ribeiro
Gertrudes Félix
Joana Reais
Manuela Pinto
Natália Abreu
Paula Moita
Pompeu José
Pati Domenech
Sara Borrego
Sara Gonçalves
às pessoas voluntárias que se associaram ao Festival
a todas e todos os trabalhadores dos serviços da CMS envolvidos no Festival
e ainda a tod@s aquel@s que, de uma forma ou de outra, têm contribuído para o engrandecimento do Festival “Festa do Teatro”, gratidão presente no nosso coração!